Foto: Diogo Zacarias/MF
O governo federal anunciou nesta quinta-feira (22) que vai aumentar o IOF — que é o Imposto sobre Operações Financeiras — como uma das medidas para tentar equilibrar as contas públicas em 2025.
Pra quem não está familiarizado, o IOF é um tributo que o governo cobra em diversas operações com dinheiro. Isso inclui, por exemplo, empréstimos como crédito pessoal ou financiamento, e também quando a pessoa compra moeda estrangeira.
Esse aumento no imposto vem junto com outro anúncio importante: um bloqueio de R$ 31,3 bilhões no orçamento deste ano. A decisão foi apresentada pelos ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento).
De acordo com o governo, esse corte vai atingir os chamados “gastos livres” dos ministérios — ou seja, aqueles que não são obrigatórios por lei. Na prática, isso significa reduzir despesas como investimentos, manutenção da máquina pública, tecnologia da informação, energia, água, aluguel de veículos, diárias, passagens e serviços de comunicação.
A meta fiscal de 2025 é fechar as contas no zero a zero — o famoso “resultado primário zero” — com uma margem de tolerância que vai de um déficit de até R$ 31 bilhões até um superávit no mesmo valor, o que corresponde a 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB).
Em 2022, último ano do governo Bolsonaro, as contas públicas ficaram no azul pela primeira vez em oito anos. Mas, segundo analistas, aquela melhora foi pontual.
No ano seguinte, com a aprovação da PEC da Transição, o governo Lula aumentou o valor do Bolsa Família e liberou mais verbas para áreas como saúde, educação e investimentos. Mesmo com ações para aumentar a arrecadação, o déficit em 2023 foi de R$ 230,5 bilhões.