Foto: Reprodução
Texto: Eduardo Santos/ Secom PMS
A Universidade Federal da Bahia (Ufba) recebeu nesta quarta-feira (4) a exibição do documentário Inspirações que vêm do Fundo, que retrata o trabalho do projeto Fundo da Folia, voltado à limpeza do fundo do mar na orla Atlântica e Baía de Todos-os-Santos. O filme foi apresentado no auditório da Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia, no campus de Ondina, e foi seguido por uma roda de conversa com integrantes da produção e especialistas em meio ambiente.
Com 38 minutos de duração, o documentário reuniu estudantes de cursos como veterinária, biologia, zootecnia e oceanografia, além de representantes da Secretaria Municipal de Sustentabilidade, Resiliência, Bem-Estar e Proteção Animal (Secis), da própria Ufba, do Instituto Baleia Jubarte e do projeto Fundo da Folia.
A atividade integra a programação da Semana do Meio Ambiente em Salvador e simboliza a articulação entre o poder público, universidades e sociedade civil na promoção de ações voltadas à sustentabilidade.
João Resch, diretor do Sistema de Áreas de Valor Ambiental e Cultural (Savam) da Secis, destacou a importância do trabalho retratado no documentário, além da Parque Marinho da Barra, iniciativa que ele atribui diretamente ao Fundo da Folia.
“Eles foram os precursores responsáveis pela criação desse parque, pois o trabalho deles provocou o município para o desenvolvimento desse projeto. Além disso, é mais um incentivo ao mergulho, à educação ambiental, à preocupação com a fauna e a flora do Parque Marinho, que também é um sítio histórico, com seus naufrágios. Por conta de tudo isso, é muito importante divulgar, expandir e ampliar esse trabalho, para alcançar um número maior de cidadãos e democratizar cada vez mais essas informações”, afirmou.
Ticiana Schindler, responsável pela produção e direção do documentário, ressaltou o objetivo de amplificar a visibilidade das ações voluntárias do grupo.
“É um trabalho voluntário, que atua na limpeza do fundo do mar da Baía de Todos-os-Santos. E esse documentário narra a história desse projeto, de como ele funciona e busca inspirar e influenciar outras pessoas. E é justamente nesse gesto de inspirar a sociedade que torna isso importante”, declarou.
Bernardo Mussi, idealizador do Fundo da Folia, comentou o alcance esperado da obra, que surgiu a partir das diversas expressões artísticas geradas em torno do projeto.
“O documentário teve origem a partir do trabalho do Fundo da Folia, com ações envolvendo música, artes plásticas, poesia, trabalhos acadêmicos, todos inspirados nessas ações. Esperamos causar grande impacto, porque é um documentário que vai penetrar no grande público através de palestras, apresentações públicas, em escolas, universidades e afins”, afirmou.
Mussi enfatizou ainda o caráter educativo do projeto: “É preciso entender que o trabalho realizado pelo Fundo da Folia não se resume às ações de catação de lixo do fundo do mar, mas proporcionar a transformação das pessoas por meio deste processo, inspirando e educando através do exemplo, e o documentário retrata bem essa realidade.”
Gustavo Rodamilans, coordenador do Projeto Baleia Jubarte e colaborador da produção, avaliou o documentário como um reconhecimento ao trabalho desenvolvido pelo Fundo da Folia, que completa 15 anos de atuação.
“Este registro é uma forma de conectar ainda mais as pessoas, além de divulgar ainda mais nosso Parque Marinho. Os oceanos e mares são nossos, então precisamos fazer esse trabalho de educação ambiental, para que seres humanos e animais possam viver nestes mares mais limpos”, concluiu.